terça-feira, 18 de outubro de 2011

Resenha do filme Mãos Talentosas


Mãos

T        O filme Mãos Talentosas relata a história de vida de um médico bem sucedido profissionalmente. Em sua trajetória superou dificuldades e preconceitos, tendo como porto seguro sua mãe, que mesmo sendo uma pessoa sem muito conhecimento cientifico esteve sempre ao seu lado incentivando e fazendo perceber que era capaz de fazer melhor.

Ben era um menino de cor negra que vivia com sua mãe e seu irmão em uma casa simples, sua mãe sustentava a casa trabalhando como doméstica, e sofria com a separação de seu marido que ocorrera devido a descoberta de uma traição.

Na escola quando criança, Ben acreditava ser inferior aos seus colegas, sua auto-estima era muito baixa, sempre afirmando que não era capaz e seu cérebro não funcionava. Porem quando chegava em casa sua mãe apesar de ser analfabeta fazia o possível para contribuir na aprendizagem dos filhos, incentivando para que os mesmos acreditassem em seu potencial, sempre salientando que eram capazes de fazer tudo o que os outros faziam, porem melhor.

Certo dia sua mãe resolveu procurar ajuda psiquiátrica devido a depressão que estava sofrendo, tendo que ausentar-se por algum tempo. Delegando uma tarefa para que seus filhos ficassem ocupados durante este período: deveriam aprender toda a tabela até o dia em que ela retornasse. Os filhos não gostaram muito da idéia porem, tinham muito respeito e consideração e atenderam o pedido. Essa atitude contribuiu muito para um bom desenvolvimento na escola.

Ao voltar para casa sua mãe começou a trabalhar na casa de um professor, o qual tinha uma biblioteca com muitos livros, admirando o conhecimento do professor percebeu que seus filhos precisavam ler mais, ao retornar para casa ordenou que os mesmos poderiam assistir somente dois programas de TV por semana e o restante do tempo livre deveriam ler livros e entregar a ela um resumo escrito de pelo menos dois livros por semana. Com ajuda do professor onde trabalhava, ela também aprendeu a ler. Essas atitudes fez com que Ben construísse conhecimentos sobre diversos assuntos.

Com o passar do tempo Ben tornou-se o aluno com melhor aproveitamento da classe, ao receber a homenagem uma das professoras fez um discurso preconceituoso sobre a estrutura familiar de Ben e sua cor. Ben e sua mãe ao ouvir o discurso ficaram decepcionados, fazendo com que sua mãe tomasse a atitude de mudá-lo de escola.

Na nova escola Ben esteve em contato com adolescentes que tiveram poder de influenciá-lo com atitudes negativas. Porem Ben percebeu a tempo que estava indo para o caminho errado e retomou seu interesse pelos estudos. Sendo que sua mãe sempre esteve perto incentivando a fazer melhor que os outros.

Ben interessou-se por neurocirurgia buscando entender o funcionamento do cérebro humano, e entrou na faculdade de medicina onde conheceu sua namorada que também sempre o incentivou.

Ao terminar a faculdade foi fazer a residência em um hospital de neurocirurgia, onde percebeu que era possível fazer melhor que os outros, observando algumas atitudes em seus colegas de trabalho as quais não concordava. Ben sempre buscou fazer o melhor e nunca deixou com que seus problemas familiares afetassem seu trabalho, tornando-se um médico muito bem conceituado e conhecido mundialmente, destacando-se pelas cirurgias de risco que realizava com sucesso.

Portanto este filme demonstra o exemplo de que os fatores sociais interferem no comportamento das pessoas, porem quando tem uma base familiar incentivadora e positiva os fatores negativos tornam-se pequenos. Assim como a mãe de Ben todos os pais deveriam agir com posturas firmes diante de seus filhos, orientando-os para o melhor caminho.

Recomendamos este filme para todos os pais, professores, psicopedagogos, adolescentes, jovens e demais pessoas que buscam um exemplo de determinação, auto-estima e autoconfiança sobre suas capacidades.


domingo, 2 de outubro de 2011

Resenha

Leia a resenha

Atwood se perde em panfleto feminista

Marilene Felinto
Da Equipe de Articulistas

     Margaret Atwood, 56, é uma escritora canadense famosa por sua literatura de tom feminista. No Brasil, é mais conhecida pelo romance "A mulher Comestível" (Ed. Globo). Já publicou 25 livros entre poesia, prosa e não-ficção. "A Noiva Ladra" é seu oitavo romance.

     O livro começa com uma página inteira de agradecimentos, procedimento normal em teses acadêmicas, mas não em romances. Lembra também aqueles discursos que autores de cinema fazem depois de receber o Oscar. A escritora agradece desde aos livros sobre guerra, que consultou para construir o "pano de fundo" de seu texto, até a uma parente, Lenore Atwood, de quem tomou emprestada a (original? significativa?) expressão "meleca cerebral".

     Feitos os agradecimentos e dadas as instruções, começam as quase 500 páginas que poderiam, sem qualquer problema, ser reduzidas a 150. Pouparia precioso tempo ao leitor bocejante.

     É a história de três amigas, Tony, Roz e Charis, cinqüentonas que vivem infernizadas pela presença (em "flashback") de outra amiga, Zenia, a noiva ladra, inescrupulosa "femme fatale" que vive roubando os homens das outras.

     Vilã meio inverossímel - ao contrário das demais personagens, construídas com certa solidez -, a antogonista Zenia não se sustenta, sua maldade não convence, sua história não emociona. A narrativa desmorona, portanto, a partir desse defeito central. Zenia funcionaria como superego das outras, imagem do que elas gostariam de ser, mas não conseguiram, reflexo de seus questionamentos internos - eis a leitura mais profunda que se pode fazer desse romance nada surpreendente e muito óbvio no seu propósito.

     Segundo a própria Atwood, o propósito era construir, com Zenia, uma personagem mulher "fora-da-lei", porque "há poucas personagens mulheres fora-da-lei". As intervenções do discurso feminista são claras, panfletárias, disfarçadas de ironia e humor capengas. A personagem Tony, por exemplo, tem nome de homem (é apelido para Antônia) e é professora de história, especialista em guerras e obcecada por elas, assunto de homens: "Historiadores homens acham que ela está invadindo o território deles, e deveria deixar as lanças, flechas, catapultas, fuzis, aviões e bombas em paz".

     Outras alusões feministas parecem colocadas ali para provocar riso, mas soam apenas ingênuas: "Há só uma coisa que eu gostaria que você lembrasse. Sabe essa química que afeta as mulheres quando estão com TPM? Bem, os homens têm essa química o tempo todo". Ou então, a mensagem rabiscada na parede do banheiro: "Herstory Not History", trocadilho que indicaria o machismo explícito na palavra "História", porque em inglês a palavra pode ser desmembrada em duas outras, "his" (dele) e story (estória). A sugestão contida no trocadilho é a de que se altere o "his" para "her" (dela).

     As histórias individuais de cada personagem são o costumeiro amontoado de fatos cotidianos, almoços, jantares, trabalho, casamento e muita "reflexão feminina" sobre a infância, o amor, etc. Tudo isso narrado da forma mais achatada possível, sem maiores sobressaltos, a não ser talvez na descrição do interesse da personagem Tony pelas guerras.

     Mesmo aí, prevalecem as artificiais inserções de fundo histórico, sem pé nem cabeça, no meio do texto ficcional, efeito da pesquisa que a escritora - em tom cerimonioso na página de agradecimentos - se orgulha de ter realizado.

 


 

Resenha


Resenha  crítica  ( os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa):
  1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
  2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
  3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
  4. Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
  5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
  6. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
  7. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
  8. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.