quinta-feira, 14 de julho de 2011

Crônicas

Leiam as crônicas e faça a sua análise.





               CRÔNICA  DE HUMOR
Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

  Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
  - Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
  - Ainda bem que esse infeliz morreu !
  Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
  A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
  No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida.       Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
 O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.         
 A vida muda, quando "você muda".

                     




          CRÔNICA  JORNALÍSTICA
                                    
                                              Lixo e vida

  Um suicida foi salvo após se jogar do oitavo andar de seu apartamento e cair
no lixo acumulado nas ruas de Nova York. Devido às nevascas, a coleta de lixo
estava suspensa na cidade desde o Natal. O homem de 26 anos foi levado ao
hospital. O estado dele era considerado crítico, mas estável. Mundo, 4 de
janeiro de 2011
  A mania de comprar e guardar objetos velhos e artigos de brechó fez a vida de
uma senhora americana virar um caos. Sua residência estava cheia de lixo, do
qual, intimada pelos bombeiros, ela teve de se livrar, colocando-o na rua. A
história foi contada em um episódio do reality show "Obsessivos Compulsivos"
("Hoarders", em inglês), exibido pelo canal A&E. Equilíbrio, 4 de janeiro de
2011
  Você é um lixo, dizia-lhe a mulher, com desprezo, e ele jamais protestava:
sabia que, no fundo, ela tinha razão. Ele não trabalhava, não ganhava um
centavo, bebia o dia todo; às vezes, pegava a guitarra e dedilhava algumas
notas, dentro de seu vago projeto de tornar-se um compositor famoso, um
sucessor de John Lennon. Mas não passava disso, dessas raras e frustradas
tentativas.
  Ela é quem tinha de providenciar o sustento de ambos e, para isso, trabalhava
em dois empregos. Sim, ele era mesmo um lixo. Um dia, depois de uma
discussão particularmente violenta, resolveu por um fim naquilo. Num impulso,
abriu a janela do apartamento de oitavo andar em que moravam e pulou para
fora, certo de que iria morrer.
  Não morreu. Perdeu os sentidos e, quando acordou sentindo muitas dores,
certamente por causa de fraturas, viu-se deitado sobre uma verdadeira
montanha de sacos de lixo.
  E não pode deixar de sorrir diante da ironia: ele, lixo, havia sido salvo pelo lixo.
  Cuja origem, aliás, ele conhecia: eram coisas que a moradora do apartamento
térreo acumulara durante anos e das quais fora obrigada a se livrar, depois que
os moradores do prédio a haviam denunciado aos bombeiros.
  De imediato foi socorrido e levado ao hospital. A mulher, torturada pela culpa,
não saía de perto dele, pedindo perdão constantemente. Mas não era nela que
ele pensava. Era na moradora do térreo.
  Tão logo recebeu alta, foi visitá-la. Era uma senhora de meia idade, esquisita,
mas simpática; e não pode deixar de sorrir quando ele disse: "Seu lixo me
salvou, eu lhe serei eternamente grato".
  Não é lixo, disse ela. É a minha vida que estava ali, naqueles sacos plásticos.
  Aquelas bugigangas, aquelas coisas antigas, aqueles objetos pitorescos,
aquelas roupas velhas, aqueles antigos recortes de jornal... Eu. A minha
existência.
  Ele assentiu em silêncio. Sabia o que ela estava querendo dizer. E sabia que,
daí em diante, viria visitá-la seguidamente. No lixo, tinha encontrado uma alma
irmã.
  (MOACYR SCLIAR escreve nesta coluna, às segundas-feiras, um texto de ficção baseado em
notícias publicadas no jornal.)

                               CRÔNICA ARGUMENTATIVA
                         
                             Eu, um copo descartável

 “Estava eu, sozinho, a pensar, juntamente com os meus companheiros de fábrica e de produção de copos, que eu os conheci quando saímos da fôrma. Em minha pálida solidão e bastante angustiante, onde a qualquer momento tudo poderia mudar, claro, vai que chega por aí um humano e me tira do pacote de embalagem! – Esperava ainda a minha vez de ficar bem pertinho da boca do saco e ser entrelaçado pelos dedos humanos e ser beijado por lábios macios e com sede. Eu não tenho uma vida curta, como muitos humanos pensam, só porque sou um simples copo descartável. Eu ainda posso viver e muito no meio ambiente de vocês, humanos. Mesmo quando sou amassado, rasgado e jogado fora, ainda ficarei anos e anos no seu meio ambiente até eu ser totalmente decomposto. Assim, quando sou jogado no meio da rua, rebolado pelo vento e parando em qualquer canto de calçada, mesmo todo amassado e rasgado, tudo bem, pelo menos, nenhum humano me mordeu entre os dentes só para passar o tempo.
   Depois da surra que levei do vento e se já passaram as 6 horas da noite, agora posso descansar sossegado. Logo cedo, pela manhã, esperarei o gari com sua pá, e forçadamente, pegarei o meu expresso para o lixão e suas rodas tortas pelo uso. Viajarei por todo o dia, visitando lugares imundos, repugnantes e apertado, pois a cada parada, o expresso ficava mais lotado. Serei jogado fora mais uma vez, nesses locais apropriados e longe da sociedade que, vocês, humanos, chamam de lixão. Nesse meu pensar histórico, ficarei aqui, parado, por gerações da sua espécie humana. Alcançarei até a segunda geração de vocês, humanos, e daquele que me jogou na rua e me separou dos meus amigos do pacote e assim, vim parar aqui, no lixão. Serei morto (desgastado) aos poucos e vou apreciando o seu mundo sendo engolido, devastado pelo lixo e por milhares de parentes meus de plástico. Não que afirme isso por raiva ou fúria de vocês, humanos, mas pelo descaso que vocês mesmos fazem com o lixo. E mais, não tenho culpa se você me criou e depois não inventou uma forma de me reaproveitar.
   Depois, pense direitinho... Quem é descartável? (Eu, um copo de plástico) e quem tem uma vida curta?(Eu, um copo de plástico). Vocês humanos quase não chegam aos 100 anos! Eu sim, ultrapasso! – Desta forma, sempre serei uma história viva e um problema eterno para vocês e seu planeta, e serei capaz, junto com meus parentes, fundar uma nação de plástico. Desculpe-me se fui bem verdadeiro, mesmo assim, foi um prazer em te conhecer, mas fique sabendo, eu vivo mais do que você”.

Conscientização plástica, o planeta precisa disso!
Autor desconhecido

Um comentário:

  1. Olá...Ô meu anjo, o texto do copo descartavel é meu....coloque meu nome por favor...ok....confira nesse link...http://www.pucrs.br/mj/cronica-eu-um-copo-descartavel.php................abraços e sucesso!!!!

    zelucom@hotmail.com

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