terça-feira, 17 de abril de 2012

MORFOSSINTAXE

Olá 1º ano vamos estudar juntos!


MORFOSSINTAXE DAS CLASSES GRAMATICAIS
MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO

Dentro da oração o substantivo pode funcionar como núcleo das seguintes funções sintáticas:
1) sujeito – Gasolina aumenta de novo.
2) predicativo do sujeito – A primeira colocada foi Heloísa.
3) predicativo do objeto – Consideram o técnico herói.
4) objeto direto – No aniversário, receberam flores.
5) objeto indireto – Acreditam em Deus.
6) complemento nominal – Tinham sede de vingança.
7) agente da passiva – A cidade foi invadida por turistas.
8) aposto – Pedro, a vítima, foi imediatamente socorrido.
9) adjunto adverbial – Compraram frutas no mercado.
10) vocativo – Meninos, comportem-se.
11) adjunto adnominal – Casas de madeira são aconchegantes, mas inflamáveis.



MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO

Dentro da oração o adjetivo pode exercer as seguintes funções sintáticas:
1) adjunto adnominal – quando acompanha o substantivo diretamente, isto é, sem mediação do verbo. Exs.: Pessoas sensatas aplaudiram a decisão. / Computadores modernos equipavam aquela empresa.
2) predicativo do sujeito – quando se refere ao sujeito da oração através da mediação de um verbo (de ligação ou não). Exs.: Após a vitória, os torcedores ficaram contentes. / Os torcedores saíram do estádio aborrecidos.
3) predicativo do objeto – quando se refere ao objeto, mediante um verbo transitivo. Ex.: Considero sua proposta irrecusável.




MORFOSSINTAXE DO ARTIGO

O artigo sempre aparece ligado a um substantivo. Justamente por isso, ele sempre exercerá na oração a função sintática de adjunto adnominal do substantivo a que estiver se referindo. Observe:
O aluno chegou atrasado.
Estudantes receberam os prêmios.
Glaura, uma pastora, inspirou vários poetas.
A Terra é um planeta.


MORFOSSINTAXE DO PRONOME

1) PRONOME PESSOAL
Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu ele/ela, nós, vós, eles/elas) devem ser empregados na função sintática de sujeito ou predicativo do sujeito, podendo também ser empregados como vocativo (tu e vós).

A norma culta não aceita esses pronomes empregados como complemento, embora esse uso seja comum na linguagem coloquial. Exs.: Convidaram ele para a festa. / Chamaram nós para a festa.

Na função de complemento, na linguagem formal, usam-se os pronomes oblíquos e não os pronomes retos. Exs.: Convidei-o. / Chamaram-nos.

Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposição, passam a funcionar como oblíquos. Nesse caso, considera-se correto seu emprego como complemento. Exs.: Informaram a ele os reais motivos. / Emprestaram a nós os livros.

As formas retas eu e tu só podem funcionar como sujeito ou como predicativo. Considera-se errado seu emprego como complemento.

Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposição, não se usam as formas retas eu e tu, mas as formas oblíquas mim e ti. Exs.: Ninguém irá sem mim. / Nunca houve discussões entre mim e ti.
Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas de preposição: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Nesses casos, a preposição é uma exigência do verbo e não do pronome. Exs.: Deram o livro para eu ler. / Deram o livro para tu leres.

As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos. Exs.: O menino convidou-a. / O filho obedece-lhe.


2) PRONOME POSSESSIVO

O emprego mais comum do pronome possessivo é como um pronome adjetivo, ou seja, acompanhando um substantivo. Nesse caso desempenhará função sintática de adjunto adnominal. Ex.: Entreguei teu trabalho ao professor.

Substituindo um substantivo, o possessivo desempenha a função sintática típica de substantivo (núcleo do sujeito, do complemento verbal, etc.). Nesses casos, normalmente, teremos uma estrutura paralela com a citação do substantivo e de outro pronome possessivo adjetivo.
Este é o meu livro.
pronome adjetivo
adj. adnominal

O teu, o professor já levou.
pronome substantivo
objeto direto


3) PRONOME DEMONSTRATIVO

Os pronomes demonstrativos que admitem flexão podem desempenhar a função de substantivos (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.) ou de adjetivos (adjunto adnominal e predicativo). Já os pronomes demonstrativos invariáveis (isto, isso, aquilo) necessariamente desempenham função de substantivo.
Este livro é de Geografia.
pronome adjetivo
(adjunto adnominal)

Isto é o que você pensa!
pronome substantivo
(sujeito)


4) PRONOME RELATIVO

Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas. Ao contrário das conjunções, que não desempenham função na oração, os pronomes relativos sempre têm uma função sintática na oração adjetiva.
Ouço a voz do vento, que varre a tarde.
pronome relativo,
sujeito do verbo varrer

5) PRONOME INDEFINIDO

O pronome indefinido pode acompanhar ou substituir um substantivo. Será, respectivamente, pronome adjetivo ou pronome substantivo e desempenhará funções sintáticas típicas dessas classes de palavras.
Os pronomes alguém, ninguém, outrem, algo e nada sempre têm valor de substantivo.
Alguém roubou a minha caneta!
pronome substantivo
sujeito simples

6) PRONOME INTERROGATIVO
O pronome quem é sempre empregado como substantivo, desempenhando, portanto, funções substantivas.
Quem chamou?
sujeito

O pronome qual é, em geral, empregado como adjetivo e exerce a função de adjunto adnominal.
Qual caneta é a minha?
adjunto adnominal

MORFOSSINTAXE DO NUMERAL

Como vimos, o numeral pode substituir um nome (numeral substantivo) ou acompanhar um substantivo (numeral adjetivo). A partir daí, podemos concluir que, no primeiro caso, o numeral exercerá funções substantivas (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.); no segundo caso, funções adjetivas.
Um é pouco, dois é bom, três é demais. (numeral substantivo na função de sujeito)
Quinze pessoas compareceram. (numeral adjetivo na função de adjunto adnominal)

MORFOSSINTAXE DO VERBO

Os verbos são, em sua maioria, significativos, isto é, informam alguma coisa a respeito do sujeito a que se referem. Há, no entanto, alguns verbos que, por serem vazios ou quase vazios de conteúdo significativo, praticamente nada informam a respeito do sujeito. São os verbos de ligação, que, como o próprio nome indica, atuam como ligação entre o sujeito e um atributo do sujeito (o predicativo do sujeito).
Os verbos de conteúdo significativo sempre funcionarão como o núcleo do predicado verbal ou o núcleo verbal do predicado verbo-nominal. Exs.: Marcos recebeu os presentes. / Marcos recebeu os presentes aborrecido.

Já os verbos de ligação, por serem vazios ou quase vazios de conteúdo significativo, não funcionam como núcleo do predicado. Dessa forma, nos predicados em que aparecem, o núcleo será sempre um nome. Daí poder-se afirmar que quando ocorrer verbo de ligação seguido de um nome o predicado será, sem dúvida, predicado nominal. Veja:

Os convidados ficaram insatisfeitos. (o núcleo do predicado é insatisfeitos, e ficaram é verbo de ligação)


MORFOSSINTAXE DO ADVÉRBIO

Das categorias invariáveis (o advérbio, a preposição, a conjunção e a interjeição), apenas o advérbio exerce função sintática dentro da oração.
Por ser um termo que se liga a verbo não como complemento, mas para indicar uma determinada circunstância, o advérbio sempre estará exercendo a função sintática de adjunto adverbial, como nos exemplos a seguir.
Eles chegarão tarde.
Os jogadores atuaram bem.
Eles falam muito.

É importante notar que o advérbio estará funcionando na oração como adjunto adverbial mesmo que se refira a um adjetivo ou a um outro advérbio. É o que ocorre nestas orações:
Eram alunas bastante inteligentes.
Chegaram muito cedo.



Retirado do Livro:
ERNANI & NICOLA. Língua, literatura e redação. Volume 2. SP: Scipione, 1997.

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